Entre os atos, fatos ditos nas minhas telas,
algo subsiste por um contínuo que transpassa...
os próprios atos, os próprios fatos.
Mas de outra camada, de outra tessitura.
Ditam palavras: escritas faladas. Falácias.
Fazem piadas: frias, insensatas.
Nem uns, nem outras, boca calada.
Todo dia na rima enxada-madrugada.
Subsiste. Persiste. Sob vã monotonia,
beijo-linha-de-montagem.
Refaz-se sobre ele, um amor-densidade,
acontecência poética
um tanto mais lúcida, desperta.
Trigo de pão, futuro na mão,
lâmina que ceifa sob a face do chão
toda fome de sim, fazendo húmus do não:
não-emoção, não-brincadeira, não-violão,
não-coragem, não-participação, não-inexato,
não-mistura, não-história,
não-coração.
História da terra-nós-eu, galhinho nascido
da aurora dos tempos, do tempo em que
não havia invenção do tempo,
berço das folhas tenras e
da incipiente consciência.
Com ciência de que?