13 de setembro de 2011

Identidade que divaga: Olhares do sujeito Cidade-Campo

Entre os atos, fatos ditos nas minhas telas,
algo subsiste por um contínuo que transpassa...
os próprios atos, os próprios fatos.
Mas de outra camada, de outra tessitura.


Ditam palavras: escritas faladas. Falácias.
Fazem piadas: frias, insensatas.


Nem uns, nem outras, boca calada.
Todo dia na rima enxada-madrugada.


Subsiste. Persiste. Sob vã monotonia,
beijo-linha-de-montagem.
Refaz-se sobre ele, um amor-densidade,
acontecência poética
um tanto mais lúcida, desperta.


Trigo de pão, futuro na mão,
lâmina que ceifa sob a face do chão
toda fome de sim, fazendo húmus do não:
não-emoção, não-brincadeira, não-violão,
não-coragem, não-participação, não-inexato,
não-mistura, não-história,
não-coração.


História da terra-nós-eu, galhinho nascido
da aurora dos tempos, do tempo em que
não havia invenção do tempo,
berço das folhas tenras e
da incipiente consciência.


Com ciência de que?