11 de junho de 2014

tuas vidas

juntas a passar o tempo
levar, trazer marcas do sofrimento
uma rusga, um choro, logo um acalento

Quero ver todo plano desfeito
sorriso largo que se lança ao vento
de quem oferece por vezes
sob a ponta de lua e ao relento
olhinhos de olhar refeito

flores, pétalas desfeitas
de um par, vocês, perfeito.

4 de fevereiro de 2014

metáforas para o novo ano

Casa Casita, vontade de nela estar. Quero tocá-la:
Lixar farpas de seus alicerces, pintar de texturas que nos agrade a parede que nos sustenta. Plantar telhado verde-amarelo todo-espectro, que aceite e receba arcos, Íris e bençãos d'água. Quero a casa seja eu, seja tu e nós, casa eu-tu-elas.
Manter-la estrutura de nosso cotidiano, orgânica afeição que no dinamismo do que é vivo se refaz...
Afetividade-movimento como a mão em carícias por sobre cabelos e barba, pele púbis de ardente amor, forte batente que nos livre e liberte passagens por entre novos cômodos de nós mesmos, renovados interiores onde cresçam meninas, tempos e almas...

17 de janeiro de 2014

Fragmentos


...E até os robôs, livres da desumanidade,
entoarão os cantos de liberdade,
farão das preces sua memória de futuro
romperão de suas placas e parafusos
a pulsação constante de um amor profundo
Mostrarão para o mundo
a possibilidade, ante os mais duros,
da lata fria tornar-se menos rude,
da alma fria renovar-se, amiúde.
Renovar-se, amiúde...