3 de junho de 2009

Zen remuneração

Assim, assim
sempre ouvi dizer
que na estrada sempre tem aforismos...

que nas entradas fazem-se vidas
que as enxadas fazem-se vivas
quando se tenta curtir o campo

que de olhos fechados faço o mundo
do jeito que ouvi dizer que era
do mesmo sempre que a grande eternidade prometeu
quem foi Ptolomeu? quem foi Isaías?

não estou de saída
o caminho mais longo é minha via
estreita porém carregada de beleza
cheia, porém no mar tem água salgada que banha a baleia
destreza no meu calcanhar que pisa onde finda o mundo
mas só quando fecho meus olhos...

descubro que mesmo cerrado me faço de olhares
pra espaços que vão pra além de minhas imagens
restritas de materialidades objetivas
mas se conjugo em outros tempos
impossível passa a ser subjulgar o mundo
esse que caminho, ao menos... e há tantos mais...
menos é mais
mais não é menos
nada há de ser feito "mais ou menos"
caminhemos,
caminhemos,
caminhemos. Em tu.

A dios, Sai Baba