20 de julho de 2009

Aldeia Belém

Pois eu?
Vim pra São Félix do Araguaia
paquerar as aldeias...
pular, correr, viver nas brincadeiras
sorriso de cara pro mais adiante
Ao que virá, tenho uma criança latente.

A warã é roda de estrela Xavante

Enquanto na aldeia forte foram meus olhos, semi-analfabetos...
mas se fechasse-os, veria eu vivido em sonho
sonho Xavante, feito os feitos em roda de constelação anciã.

Teria dançado no centro da aldeia?
Margaridas em pétalas rodantes
mandala em feitura circulante
Eu feito todinho de corpo magnético ondulante
marcando o passo no chão, estridente.
Vejo o céu da noite tingido verdejantes
Inunda-me uma beleza terrena, altivante.

Sento-me no chão, paciente
apoiando-me no mundo, confiante.
E as estrelas, eternas parceiras cintilantes
ao despencarem das alturas
nos ofertam diária e cadentemente
sonhos, força e luz. Radiantes.

Agradeço, novamente,
à aldeia Belém e à todo povo Xavante.