Eu sei que um dia devagarinho, eu partiria. Não caminho sozinho tampouco de mala vazia. Pras acontecências da vida no dia deixaria um pensamento taciturno, um sorriso e votos de alegria. A tristeza não desapareceria. Ainda assim devo saber que partiria...
Sempre partimos, nem sempre juntos. Caminharíamos rente ao muro com pensamentos fiéis, feito os cães malhados branco e preto escuro. Tão pouco compreenderia, mas quem saberia o rumo certo de se aprender sem receio do desconhecido, carregado e inteiro naquilo sabido?
Tinha tantos sonhos, daquela vez não sumiriam, hoje bem seguros no bornal:
- cultivo-os em crença fértil, terra que se recupera, ligeira, sedenta, saciada como quem rega na despeja d'água!
Nem todos os referendos me fariam desistir. Não é disso que se trata, também não é certeza exata, mais prum suspiro de ar
rarefeito de peso, abundante de entrega. Salientes calos na boca me fizeram pensar, calar.
"Dobre sua lingua seu moço, já é temporada... trate de arriar os anseios, botá fermento, pelejá. Ceis não sabe mais comé, talvez um dia... Será que nunca souberam? Nessas histórias, a vida é viajar, usar o corpo santo, santificar? A vida é volta, sem pestanejar. O sertanejo é viajeiro sem destino, nas trilhas vai tudo caminhar. Mesmo nos caminhos que nunca ouviu falar... ou que tanto ouviu, e nunca fez sinal de ir lá.. pastar..."
Jogo é fogo, queimar os lentes... Aach, desgraçou o grupo. Lei rechaçou.
Caminhante grande esse, sujeito e chão, sujeito e sua mão. Mão pra expiar, expurgar tudo de mal, que um dia quis acrescentar:
No coitado do coração...
"O ruim, o duro da vida? É da gente!"